segunda-feira, 2 de julho de 2007
quarta-feira, 27 de junho de 2007
quinta-feira, 21 de junho de 2007
DISSONÂNCIA
Imerso na dissonância dos fatos
a discórdia se apresenta
dominando e fragmentando.
Traz consigo a destruição
que urgi e devora a sanidade.
A alma desalinhada convalesce
e não mais dança a musica da plenitude
agora, só a sinfonia do ódio se faz soar.
O corpo ardente como se em febre
sente e sangra, já sem forças
não mais resiste e ao crime fica exposto.
Queima agora furiosas chamas
Por todos os lados, e no centro
Do circulo de fogo com os escorpiões
Os dias se mostram como realmente são,
A aurora uma ilusão
A esplendidez uma farsa.
a discórdia se apresenta
dominando e fragmentando.
Traz consigo a destruição
que urgi e devora a sanidade.
A alma desalinhada convalesce
e não mais dança a musica da plenitude
agora, só a sinfonia do ódio se faz soar.
O corpo ardente como se em febre
sente e sangra, já sem forças
não mais resiste e ao crime fica exposto.
Queima agora furiosas chamas
Por todos os lados, e no centro
Do circulo de fogo com os escorpiões
Os dias se mostram como realmente são,
A aurora uma ilusão
A esplendidez uma farsa.
quarta-feira, 13 de junho de 2007
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Janela sobre uma mulher (II)
A outra chave não gira na porta da rua.
A outra voz, cômica, desafinada, não canta no chuveiro.
No chão do banheiro nã há marcas de outros pés molhados.
Nenhum cheiro quente vem da cozinha.
Uma maçã meio comida, marcada por outros dentes, começa a apodrecer em cima da mesa.
Um cigarro meio fumado, lagarta de cinza morta, tinte a beira do cinzeiro.
Penso que deveria fazer a barba. Penso que deveria me vestir penso que deveria.
Uma água suja chove dentro de mim.
Eduardo Galeano
domingo, 27 de maio de 2007
quarta-feira, 23 de maio de 2007
tempo
sonho, pensava o velho, é a realidade fantasiada, a realidade levada às últimas conseqüências. o narrador ainda não chegou, ainda está longe da porta daquele quarto, mas podemos adiantar que o velho está levando tudo às últimas conseqüências, como sempre levou, desde a juventude. e essa decrepitude das carnes, essa flacidez, esse modo escamado de pele, esses pelos que nascem no nariz e nos ouvidos, essa aparência toda meio repulsiva parace um sinal de mau trato imposto por ele mesmo ao longo de uma vida desregrada, vida de muitas noites insones, do consumo exagerado do álcool e do tabaco (e até mesmo de certas drogas).deitado na cama, examinando os contornos das rachaduras no teto, ele sabe que não foi uma fatalidade que o deixou assim, sabe que foi o que escolheu, conscientente para esse futuro que chegou. recorda-se das dificuldades do coleguinha judeu nas aulas de catecismo na escola católica e vê agora que o judeuzinho tinha razão sem saber, que o purgatório é aqui. o menino que desejava levar para casa as estampas de um cristo louro e os pais não deixavam. não consegue quase fechar os olhos, pálpebras secas, não tem lágrimas para chorar pelo menino que não compreendia os pais, que não compreendia porque negavam tanto o cristo. eles estavam certos, conclui, finalmente. prugatório e inferno são essa cama de ferro, essa agulha permanente em sua veia cansada, esse tubo inoportuno que invade sua traquéia, esses bips eletrônicos.tudo isso é a sua farsa e ele continua escrevendo essa história sobre o fundo branco, continua lembrando da escola e do uniforme cáqui. do padre Bufante, vermelho, sotaque italiano, mãos grossas e falar da salvação, do arrependimento no confessionário e do céu.mas ali não vê anjos nem santos nem nuvens nem deus. observa apenas um cruxifixo de madeira tosca na parede em frente. estava pensando em como buscar mais tempo. ali, deitado tem todo o tempo do mundo, mas sabe que é ilusão. precisa de mais tempo.a porta do quarto de abre mais uma vez.
texto e imagem retirados de: http://sobretudodelona.wordpress.com/tag/uisque/
texto e imagem retirados de: http://sobretudodelona.wordpress.com/tag/uisque/
sábado, 19 de maio de 2007
segunda-feira, 2 de abril de 2007
domingo, 25 de março de 2007
segunda-feira, 5 de março de 2007
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Remember
"Ando fugindo muito da minha tola juventude, últimamente...
Ganhei pela primeira vez um coração: foi quando você sorriu para mim pela primeira vez, naquela fria manhã de segunda-feira. Peguei em suas mãos e fomos ao infinito. Hoje, ficaram apenas as lembranças.
Eu conhecia tão bem todo seu corpo... Hoje, não consigo olhar uma fotografia tua sem chorar feito uma criança - Obrigado! Estou agradecido do fundo do meu coração! Não esquecerei jamais! Guardarei para sempre as maravilhosas lembranças do tempo em que você ainda estava nesse mundo!"
SN
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Senti uma sensação no meu estomago, curvei o corpo assustado. O ar do meu peito havia sumido. Comecei a sentir um terror enorme, cai de joelhos e apoiado com as mãos na areia comecei a vomitar. Então o furacão começou. Um vento rápido, furioso, voava ao redor de mim mas não sentia o cheiro dele, apenas o seu peso, como milhares de agulhas de chumbo. Aquele lugar não tinha cheiro de coisa alguma. Meu corpo começou a se transformar, pude ver o contorno dos meus ossos. O sangue me escapava de alguma forma. Meus cabelos e meus dentes agora no chão, se misturavam com a terra embaixo de mim. Percebi que se continuasse naquele lugar iria descobrir uma coisa horrível... Tremendo e chorando olhei para cima: o céu estava mais azul como nunca havia visto
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